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26 de Abril de 2024
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    Caso arquivado por Patrícia Acioli pode ser reaberto

    Publicado por OAB - Rio de Janeiro
    há 12 anos

    Está nas mãos do procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, uma decisão delicada. Caberá a ele reabrir ou não o inquérito que investigou a morte do técnico em eletrônica Bruno Souza Pinheiro da Silva, baleado por dois PMs em outubro de 2000. O caso foi arquivado em 2009 pela juíza Patrícia Acioli, mas em abril deste ano o sucessor da magistrada na 4 Vara Criminal de São Gonçalo, Fábio Uchoa, anulou a decisão. Motivo: Patrícia arquivara um inquérito que tinha como suspeito o próprio companheiro, o PM Marcelo Poubel.

    Conhecida por agir com rigor contra policiais envolvidos em corrupção e grupos de extermínio, Patrícia foi assassinada em agosto do ano passado. Na ocasião, 11 policiais do 7 BPM (São Gonçalo) foram presos por envolvimento no crime, inclusive o ex-comandante da unidade, tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira. A sentença de Uchoa não reabre o inquérito automaticamente. Como o arquivamento foi pedido pelo Ministério Público, a palavra final será do procurador-geral. Cláudio Lopes poderá manter o arquivamento ou designar um novo promotor para reabrir o inquérito. A terceira hipótese, mais improvável, é designar um promotor que já ofereça denúncia contra os dois suspeitos (Poubel e o também PM Alex Cristian Cabral).

    PMs dizem ter sido atacados; testemunhas negam

    Aos 36 anos, Bruno foi morto pelos dois policiais, então lotados no 7 BPM, em frente a um bar perto de sua casa, no Morro do Feijão, em São Gonçalo. O estudante Fabrício José de Almeida, de 14 anos, foi ferido gravemente na mesma ação, tendo os rins e o baço perfurados por um tiro. De acordo com testemunhas, os PMs entraram na favela atirando. O então comandante do 7 BPM, tenente-coronel Miguel Mendonça, alegou que a equipe foi recebida a tiros. Pela versão da PM, Bruno e Fabrício foram baleados pelos bandidos.

    Fábio Uchoa disse na decisão que era notório e divulgado à sociedade por todos os meios de comunicação que o PM Marcelo Poubel, um dos autores (confesso) dos disparos contra as vítimas, "mantinha um relacionamento íntimo e duradouro com a juíza". Para ele, em decorrência dessa relação com o PM, Patrícia Acioli não poderia ter atuado no caso.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/caso-arquivado-por-patricia-acioli-pode-ser-reaberto/3132609

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